
O fenómeno da
contrafacção de medicamentos e do consumo fora do controlo médico não é
novo. Mas, alerta o OICE, "tornou-se numa questão séria" e está a
crescer exponencialmente. A culpa é das novas tecnologias. "Os
traficantes estão a recorrer a maneiras inovadoras de desviar estas
substâncias, nomeadamente à distribuição transnacional de medicamentos
contrafeitos e à utilização da Internet e dos serviços postais e de
correio especial." No caso da contrafacção de remédios, "o perigo é real
e considerável", em particular nos países em desenvolvimento, onde
representam 25 a 50% dos produtos em circulação.
A Internet é apontada como "um mercado global de droga". Não só pela venda de substâncias ilícitas, como pelo facto de haver sites onde os consumidores podem ir buscar receitas e criar as suas drogas caseiras. "Com a ajuda de instruções, retiram as substâncias activas e separam-nas dos outros ingredientes, o que permite preparar produtos mais potentes", alerta o relatório.
Ao contrário de Portugal, onde a lei não permite ainda farmácias online, há países onde estas foram autorizadas para aumentar o acesso ao medicamento. Contudo, o relatório cita um estudo recente e refere que das 187 farmácias virtuais analisadas, 89% não exigem receita médica, mas vendem psicotrópicos, opióides e estimulantes em grandes quantidades. Outro estudo referido pelo OICE aponta para que 88% dos medicamentos vendidos pela Internet sejam importados ilegalmente.
Por isso, o organismo das Nações Unidas pede aos estados que apertem o cerco a esta realidade, com um endurecimento das respectivas leis, com mais meios de detecção e com campanhas de informação à população e aos médicos.
A prova dos "graves riscos para a saúde" que estes abusos acarretam é dada com o aumento do número de mortes por sobredosagem de medicamentos sujeitos a receita médica.
O documento aponta vários motivos de preocupação. Nos EUA, o abuso de analgésicos, estimulantes, sedativos e tranquilizantes está à frente do consumo de todas as drogas, à excepção da cannabis. São já 15,1 milhões de pessoas que abusam dos fármacos que estão à venda para tratar doenças. Em 1992, este número era de metade. Mas o problema está longe de estar circunscrito aos americanos. Na Europa, o exemplo vai para os países escandinavos e para a França, onde 20 a 25% da buprenorfina (usada nos tratamentos de substituição opiácea) pode estar a ser desviada para o mercado ilícito.
Portugal não aparece referido pelo relatório neste campo, mas dados recentes mostram que é dos países europeus com maior consumo de benzodiazepinas (ver texto da página ao lado). Questionado sobre o assunto, o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) garante que os últimos números apontam para uma redução do uso destes medicamentos psicotrópicos
(Fonte DN)
A Internet é apontada como "um mercado global de droga". Não só pela venda de substâncias ilícitas, como pelo facto de haver sites onde os consumidores podem ir buscar receitas e criar as suas drogas caseiras. "Com a ajuda de instruções, retiram as substâncias activas e separam-nas dos outros ingredientes, o que permite preparar produtos mais potentes", alerta o relatório.
Ao contrário de Portugal, onde a lei não permite ainda farmácias online, há países onde estas foram autorizadas para aumentar o acesso ao medicamento. Contudo, o relatório cita um estudo recente e refere que das 187 farmácias virtuais analisadas, 89% não exigem receita médica, mas vendem psicotrópicos, opióides e estimulantes em grandes quantidades. Outro estudo referido pelo OICE aponta para que 88% dos medicamentos vendidos pela Internet sejam importados ilegalmente.
Por isso, o organismo das Nações Unidas pede aos estados que apertem o cerco a esta realidade, com um endurecimento das respectivas leis, com mais meios de detecção e com campanhas de informação à população e aos médicos.
A prova dos "graves riscos para a saúde" que estes abusos acarretam é dada com o aumento do número de mortes por sobredosagem de medicamentos sujeitos a receita médica.
O documento aponta vários motivos de preocupação. Nos EUA, o abuso de analgésicos, estimulantes, sedativos e tranquilizantes está à frente do consumo de todas as drogas, à excepção da cannabis. São já 15,1 milhões de pessoas que abusam dos fármacos que estão à venda para tratar doenças. Em 1992, este número era de metade. Mas o problema está longe de estar circunscrito aos americanos. Na Europa, o exemplo vai para os países escandinavos e para a França, onde 20 a 25% da buprenorfina (usada nos tratamentos de substituição opiácea) pode estar a ser desviada para o mercado ilícito.
Portugal não aparece referido pelo relatório neste campo, mas dados recentes mostram que é dos países europeus com maior consumo de benzodiazepinas (ver texto da página ao lado). Questionado sobre o assunto, o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) garante que os últimos números apontam para uma redução do uso destes medicamentos psicotrópicos
(Fonte DN)
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