Há tesouros em Portugal que ainda não estão enterrados, mas que se não existir uma maior preocupação com a sua defesa poderão vir a perder-se.
É o caso dos carros funerários, existem algumas colecções particulares, como é o caso desta, a Oeste de Lisboa, num amante de antiguidades e não só.
Apesar de algumas tentativas pessoais para criar um museu onde pudesse instalar estes veículos, Oscar Figueiredo não conseguiu ainda despertar a sensibilidade de alguém com capacidade, ou mesmo com vontade, para dar andamento a um processo que poderia permitir a criação ou o apoio para um museu que, julgo, seria único, não só pela temática como pela originalidade das peças.
Tudo começou há alguns anos. Junto ao Hospital de S. José estava estacionado um carro funerário, com alguma idade, aguardando a chegada de transporte que o levasse para o sucateiro e consequante morte por enfardação.
Conseguiu adquirir esta viatura e conseguida a primeira unidade, desencadeou depois a procura de outros veículos nas mais antigas casas da especialidade até que, hoje, a colecção já atinge cerca de dezena e meia de peças.
É uma pena que este património não esteja em condições de ser apreciado porque nos automóveis, mesmo nos que nos conduzem para o que se convencionou chamar a última morada, também existe arte.
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