O filme conta a história de um grupo de documentaristas que viaja aos confins da Amazônia a fim de documentar a vida dos índios canibais. A missão é um fracasso e uma equipe chefiada pelo antropologista Harold Monroe é enviada para resgatá-los. Após vaguear pela selva na companhia de um guia, o formidável Dr. Monroe finalmente consegue recuperar todo o material filmado.
A película é precária, as actuações muito más. O actor mais conhecido é Robert Kerman, que antes de interpretar o Dr. Monroe fez uma respeitável carreira com mais de 100 filmes pornôs.
O realismo é contundente e perturbador.
Coisas que provavelmente vão perturbar:
- Violação: perdi a conta do número de vaginas defloradas ? força no decorrer dos pouco mais de 90 minutos.
- Vioalação "hardcore of doom" com um VIBRADOR de pedra, uma bola de terra com estilhaços de madeira seguido de morte por pedradas.
- Mortes REAIS de animais: um quati, uma aranha, uma cobra, um macaco (que tem o cérebro comido), um porco e uma tartaruga são mortos, alguns deles com detalhes.
- Nudez. Pode não ser uma coisa perturbadora por si só, mas lembro que estamos falando de índios velhos de picha murcha e índias cujas mamas tocam os joelhos.
- Desmembramentos: braços são decepados, pernas arrancadas, membros comidos e caralhos retalhados.
- Em uma cena uma índia grávida é amarrada enquanto dá à luz e o recém-nascido é enterrado na lama enquanto a mulher é apedrejada.
O destaque, entretanto, é para a música tema do filme. Uma balada dos 70’s relaxante que é frequentemente usada como plano de fundo para cenas de antropofagia e desmembramento. Ouça-a aqui.
Por trás da fachada de filme "exploitation", no entanto, escondem-se alguns méritos reais. Cannibal Holocaust talvez tenha sido o primeiro filme a fazer uso extenso de mockumentaries, cenas gravadas para que parecessem reais, ideia que foi utilizada com sucesso por filmes como The Blair Witch, REC e Cloverfield.
A crítica social por trás da história é estridente. É um ataque directo à sociedade ocidental que se resume muito bem com a indagação final do Dr. Monroe: “I wonder who the real cannibals are”.
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