Páginas

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Morte por enforcamento # 2

O enforcamento é o método de suicídio mais utilizado em 16 países europeus, incluindo Portugal, representando quase metade do total de casos, revela um estudo concluído este ano, divulgado pela Lusa. Segundo o estudo "Métodos de Suicídio na Europa", em que participou o psiquiatra português Ricardo Gusmão, da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, o enforcamento é o método mais comum entre homens e mulheres, embora seja mais acentuado no sexo masculino.No total dos países que compõem a Aliança Europeia contra a Depressão, 54,3% dos homens que se suicidaram optaram pelo enforcamento, método preferido por 35,6% das mulheres suicidas. Em Portugal, os números acompanham a média representando 52,3% dos casos de suicídio masculino e 31,5 do feminino.
A Suíça é o único país em que o enforcamento surge como segundo método, depois do recurso a armas de fogo. O estudo indica que o recurso a armas de fogo é a segunda forma mais usada pelos homens para o suicídio, enquanto nas mulheres é a ingestão de medicamentos.
No entanto Portugal é excepção, uma vez que no caso das mulheres a segunda técnica mais aplicada é o afogamento, factor que pode ser atribuível à dimensão da orla marítima. O suicídio por consumo de medicamentos pelas mulheres lusas é considerado negligenciável, sublinhou o psiquiatra português que participou no estudo. A última opção das mulheres é precisamente as armas de fogo, enquanto nos homens o afogamento é a menos comum.
Além do enforcamento, foram identificados como métodos frequentes o recurso a medicamentos, o envenenamento por substâncias, o afogamento, o uso de armas de fogo, o salto de infra-estruturas altas e o atropelamento intencional. Esta análise conclui que as mulheres estão associadas a métodos menos letais, enquanto os homens escolhem técnicas mais violentas, cujas consequências são mais eficazes.
Um outro estudo europeu, de Junho, mostra também que os jovens da faixa etária dos 15 aos 24 anos preferem o enforcamento. O estudo pretendia ajudar a limitar o acesso aos recursos disponíveis, tal como armas de fogo, pesticidas, inalação de gases tóxicos.

Agência LUSA


















      
      

Sem comentários: