A maioria das pessoas que experimenta droga pela primeira vez obtêm-na através de amigos, ou amigos de amigos. Estes, por sua vez, compram-na a traficantes na rua, bares ou discotecas. Isto assinala o fim de uma longa e complicada cadeia que, no caso da cocaína, começa nas encostas dos Andes, lá longe na América do Sul. O comércio ilegal das drogas é um negócio internacional e multimilionário. Os riscos de contrabandear drogas, por terra ou por mar, para os EUA ou para a Europa são enormes, mas também o são os lucros obtidos pêlos intermediários, os chamados barões da droga.
Mas os barões da droga não são os que sofrem, limitam-se a organizar e deixam que outros façam o trabalho sujo: plantar as drogas, passar com elas nas alfândegas... e arriscarem-se a ser apanhados! Muita da heroína que entra na Europa vem da África Central, onde os líderes dops bandos armados chantageiam e ameaçam os habitantes locais, muitos dos quais nem sequer sabem falar inglês, e obrigam-nos a engolir preservativos cheios de heroína, e a viajar para outros países com a promessa de empregos, que acabam por nunca acontecer. Muitos são presos e deportados, alguns acabam por morrer, porque o preservativo rebenta no intestino durante o voo.
O comércio internacional de droga é uma mistura de risco amador com uma enorme iniciativa organizativa. As maiores organizações utilizam bandos armados, comunicações sofisticadas e sistemas de vigilância, e chantageiam ou praticam extorsão para garantirem que as suas mercadorias chegam aos mercados. Uma vez no país de chegada, a distribuição é feita por redes mais pequenas de utilizadores que são difíceis de identificar, e que normalmente não são afectadas pela instauração de processos a alguns dos seus membros. Como a distribuição local é normalmente levada a cabo por consumidores de droga, existem sempre elementos à espera de ascenderem a lugares cimeiros, onde poderão ter um melhor acesso às drogas. Os barões da droga não se preocupam com as pessoas atingidas pela droga.
Os governos e as alfândegas de todo o mundo trabalham em conjunto para tentarem vencer os barões da droga no seu próprio jogo. Equipamento que vai desde cães treinados para apreensão de droga, a submarinos e satélites espaciais, está a ser utilizado para tentar travar o negócio das drogas. Mas não é fácil. Na Colômbia, membros opositores do Parlamento e juizes foram simplesmente assassinados pêlos barões da droga. As tropas para-militares que tentam destruir os laboratórios processadores de cocaína localizados na selva são mortas a tiro. Estima-se que cerca de vinte e nove mil pessoa sejam assassinadas na Colômbia todos os anos, devido ao seu cnlo no negócio da droga. Na Europa e nos EUA, a Mafia e outros ramos do organizado estão bastante envolvidos.
As sanções para o tráfico de droga são pesadas, e nuns países são mais pesadas no que noutros. Na Tailândia, alguám seja apanhado a traficar drogas para fora do país, intencionalmente ou não, pode ser condenado à pena de morte se disser ser inocente, ou prisão perpétua se se declarar culpado. Os riscos são elevados, mas lucros também, razão pela qual se trata de um mundo perigoso para se ficar enredado nele. Os gangs de drogas visam o lucro e, para eles, as vidas das outras pessoas não valem nada.
A tua vida não vale nada no mundo da droga, és carne para canhão!
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