
Durante os sete primeiros anos, forma-se a personalidade humana.
Aos quatorze anos, aparece a energia pessoal, fluindo avassaladoramente pelo sistema neuro-simpático.
Aos trinta e cinco anos, aparece o sexo na sua forma transcendental de emoção criadora. É quando se chega a esta idade que podemos fabricar isso a que se chama Alma. O homem normal não tem Alma, melhor dizendo, ainda não é homem nem tem Alma.
O animal intelectual, falsamente chamado homem normal, é uma máquina controlada pela legião do "eu"; este é pluralizado. "Devo ler um livro", diz a função intelectual; "vou a um jogo de futebol", diz a função motriz; "tenho fome, não irei a nenhuma parte", declara a digestão; "prefiro ir onde esteja uma mulher", declara o "eu" passional, etc., etc. Todos estes "eus" guerreiam entre si. O "eu" que hoje jura fidelidade à Gnosis é deslocado por outro que odeia à Gnosis. O "eu" que hoje adora uma mulher é deslocado depois por outro que a aborrece. Só fabricando Alma estabelecemos um princípio permanente de Consciência dentro de nós mesmos. Aquele que tem Alma vive consciente depois da morte. A Alma pode ser criada com a acumulação de energias mais subtis que o organismo produz. A sua cristalização dá-se através de supremos esforços para fazer-se auto consciente em forma total e definitiva. Desgraçadamente, o animal intelectual chamado homem, gasta torpemente estas energias em apetências, temores, ira, ódio, inveja, paixões, ciúmes etc., etc.
É urgente criar a vontade consciente; é indispensável submeter todos os nossos pensamentos e actos ao Julgamento Interno. Só assim podemos criar isso que se chama Alma. Precisamos de nos auto conhecermos profundamente para criar a Alma.
Sem comentários:
Enviar um comentário