
A imagem do abutre está associada à morte, tal como a cegonha está associada ao nascimento.
Para os membros do Zoroastrismo, o abutre, um necrófago, tem a importante função de destruir e consumir os seus mortos, Os zoroastrianos, ou parses, consideram que este é um método higiénico e ecologicamente correcto de eliminação dos cadáveres, por impedir que o corpo em decomposição contamine o mundo, física e espiritualmente.
Na Índia, um dos passos da eliminação dos mortos dos Dalkhma-nashini consiste em transportar nos corpos cadavéricos até aos cumes escolhidos, onde são destruídos, quer pelos raios de sol, quer pela acção dos abutres.
Esse processo pode prolongar-se por um ano, até que a chuva tenha lavado os ossos secos, que constituem tudo o que deverá ter restado do corpo, Na Índia, a recente e significativa diminuição do número de abutres, devido a uma doença virai, levou a que se tenham começado a criar estas aves em cativeiro para este fim específico de eliminação dos cadáveres.
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