Reuniram-se numa enorme multidão de mortos com uma gritaria medonha, e eu empalideci de medo!
«Entre todas as vicissitudes da vida, embora a experiência humana varie muito de indivíduo para indivíduo, há um acontecimento que é inevitável para todos: a Morte! Não importa qual seja a nossa posição social; se a vida que vivemos foi louvável ou não; se nossa passagem entre os homens ficou marcada por grandes feitos; se vivemos uma vida saudável ou de enfermidades; se fomos famosos e rodeados de amigos ou obscuros e solitários, chegará um momento em que estaremos sós, diante do portal da Morte, e seremos forçados a dar um salto no escuro.» Max Heindel
From Death and Dying
Uma das coisas certas da vida é a morte, mas as nossas vidas são absurdas, na medida em que vivemos na certeza de que um dia serão ceifadas pela morte. Se encararmos com exactidão, teremos de reconhecer a ausência de sentimento da esperança, e que è inevitável que as nossas vidas terminem no nada. É inevitável que todos morramos um dia, o que faz da contemplação da morte um exercício que diz respeito a todas as pessoas. A uma dada altura da vida, a pessoa tem de se confrontar com a morte, quer com a sua quer com a dos seus entes queridos. É nesta altura que a contemplação da morte pode conduzir a uma reflexão profunda sobre a sua inevitabilidade e sobre o processo de morrer. O acto de morrer pertence à pessoa que está a morrer, e aqueles que permanecem vivos não podem experienciar a perda do ser que está a acontecer a essa pessoa. Só podemos estar junto da pessoa, mas não podemos ser essa pessoa. Assim, de certa forma, todas as pessoas morrem sozinhas.
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