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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Comer os mortos

Alguns rituais Post Mortem exigem que os participantes comam o cadáver ou os seus despojos, práctica designada por endocanibalismo ou sarcocanibalismo. Os Berawan do Bornéu, uma tribo remota e isolada, comiam os fluidos da decomposição do corpo com arroz, simbolizando a morte enquanto transição.

Num misto de reverência e repugnância, os povos melanésios da Nova Guiné comiam a carne e vomitavam-na em seguida, acto que representava a manutenção e a quebra simbólica dos vínculos com os mortos.

Os colonialistas ocidentais, que provinham de sociedades em que a ideia de endocanibalismo é algo que provoca horror, em geral, baniram estas prácticas.

Em 1972, por exemplo, alguns elementos de uma equipa de râguebi da Argentina sobreviveram, após a queda nos andes do avião em que viajavam, comendo os corpos dos colegas mortos, acontecimento que gerou violenta controvérsia.

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